Monaco, o paraíso fiscal

O AS Monaco promete agitar os próximos meses, não só pelos milhões disponíveis para contratar, mas também pela polémica. O clube monegasco, associado à Federação Francesa de Futebol, tem a sua residência no Monaco (como é óbvio) e goza de um estatuto fiscal bastante apetecível (diferente do resto da França). No principado de Alberto, os impostos são mínimos o que permite aos monegascos pagar salários mais convidativos (quem não se recorda com a tentativa do governo francês em ficar com 75% do ordenado de Ibrahimovic?). Assim, o AS Monaco apresenta uma grande vantagem competitiva para com todas as outras equipas da Ligue 1 (ou Ligue 2), que foi bastante ampliado após o novo imposto de François Hollande (em 2012). A polémica "paraíso fiscal" não é novidade, algo que os clubes franceses já começaram a fazer frente. Muitos deles pretendem que o AS Monaco mude a sua sede para França, ou então, mudam todos a sede para outro paraíso fiscal. Já a Federação pediu 200 milhões de euros ao clube do milionário Rybolovlev para equilibrar a situação. A direcção monegasca indignada com esta posições já admitiu abandonar a Ligue 1 e pedir adesão ao campeonato italiano (será que a Itália iria permitir tal situação?). Uma coisa é certa, com ou sem impostos, os milhões russos prometem agitar os próximos anos da Ligue 1, tal como os petrodólares já o fizeram nos últimos 2 anos. Por isso não é surpreendente que nomes como James, Falcao, Moutinho, Tevez, Ekotto, Adebayor, demonstrem interesse em rumar ao Sul de França (receber um ordenado 10 milhões e ficar com praticamente a totalidade do mesmo é diferente de receber 10 e ver mais de metade ir para o Estado). Situação injusta no futebol europeu?

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