AS Mónaco, o novo "porto" de Jorge Mendes

Esteve na base do projecto inicial de Abramovich no Chelsea, principalmente a partir de 2004, também é conhecida a sua influência no Real de Florentino Pérez, mais visível a partir do momento que Mourinho chegou a Madrid, e agora está a fazer do Mónaco uma espécie de "porto" onde deixa as suas mercadorias. É notória a influência de Jorge Mendes nas contratações do clube do Principado e na maneira como consegue persuadir jogadores que podiam actuar ao mais alto nível na Liga dos Campeões a representar um emblema que acabou de subir à Ligue 1. Nada contra. Elogiamos a sorte do português em encaixar largos milhões em comissões (tivessem todos os portugueses o sucesso de Mendes), e com clubes vendedores como os nossos se ocorreram algumas vendas (como aconteceu com o FC Porto) ao Mónaco serão certamente bem-vindas. Mas admitimos que custa ver elementos como Falcao, Moutinho, James, muito provavelmente Ricardo Carvalho, Valdés, Boateng, num clube elitista, com uma franja diminuta de adeptos, o que justifica que os 18.000 lugares que compõem o Stade Louis II sejam mais que suficiente para suportar zero paixão (por norma só tem entre 5 a 10 mil espectadores), e zero carisma. Já houve outros exemplos de projectos megalómanos levados a cabo por milionários que decidiram jogar FM em real mode, mas a nível europeu, considerando tudo o que o Mónaco representa (um clube sem alma, paixão e sem capacidade para ganhar uma espécie de envolvência...Na Premier League este tipo de projectos foram aplicados em clubes com outra mística) a ideia de que um jogador de top optou pelo dinheiro em vez da afirmação internacional nunca fez tanto sentido, e nesse capítulo o peso directo de Mendes é óbvio.

Visão do Leitor (perceba melhor como pode colaborar no VM aqui!): Sérgio Tomás

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