Para onde caminhas Sporting?

Bruno de Carvalho convocou os jornalistas a Alvalade para nada explicar/adiantar. Desmentiu cenário de demissão, percebeu-se que tentou pressionar/condicionar a Banca com algumas afirmações (espécies de ameaças), e referiu que o Sporting tem as contas bloqueadas. Muito pouco considerando a crítica situação do clube leonino. VM:

Voltamos a frisar o que referimos durante o período eleitoral: "O Sporting precisa urgentemente de dinheiro para pagar salários, evitar rescisões, renovar com os jovens talentosos que tem, e começar de maneira equilibrada (sem loucuras) a preparar a próxima época". Isto é simples, só pode ser conseguido com o apoio da Banca, os candidatos sabiam disso, e também tinham conhecimento do buraco em que estava o clube leonino, como tal, tudo o resto são "Faits divers". Focar as atenções na Banca é esperteza pura, quando o que se está a verificar é que houve muita demagogia na campanha. Sem dinheiro não há milagres, e cada dia que passa o Sporting perde oportunidades (potenciais reforços) e alimenta o perigo (que os jogadores saiam a custo zero por justa causa devido aos salários em atraso e o clube se afunde numa crise sem salvação).

- Onde anda o dinheiro que Bruno de Carvalho afirmou ter para assegurar os compromissos de tesouraria a curto prazo? O actual presidente leonino garantiu várias vezes durante a campanha que no dia a seguir às eleições ia meter 20 milhões de euros no Sporting para as necessidades prementes, que iam pagar os salários e despesas correntes até final da época (até ao momento nada disso aconteceu).
- Porque razão precisa de pedir já 70 milhões emprestados à Banca? Não tem dinheiro, não tem investidores? Mas a Banca não são um bando de malvados (passou essa ideia durante a campanha)? A ideia era fazer uma reestruturação financeira ou seja criar condições para suavizar a dívida ou pedir mais dinheiro emprestado?

Percebemos a atitude da Banca - só empresta a quem quer e quem dá garantias, é assim no dia-a-dia e num clube não será diferente - e também percebemos parte da postura de BdC - não quer ceder em algumas questões (principalmente na parte do BES e  Millenium BCP exigirem a entrada para a administração da SAD de dois elementos da sua confiança). No que diz respeito à Auditoria de Gestão (que vai mesmo avançar), deve ser feita, certamente irá servir para explicar muitas situações e dará várias capas de jornais, mas para aquilo que é essencial, ou seja o futuro do Sporting é apenas mais um folclore que não terá nenhum proveito prático.

Por último, como parece complicado que Bruno de Carvalho consiga arranjar dinheiro sem ser na banca, as opções parecem ser poucas: mais cedências da parte de BES e Millenium (temos a convicção que os bancos não querem que o clube morra, pois isso ia implicar perder muito dinheiro), novas eleições, perda da maioria da capital da SAD (Bruno de Carvalho prometeu que não o faria), ou ir pela conversa das crianças, ou seja insolvência (seria peculiar BdC caminhar o clube leonino para o abismo, se não tinha dinheiro, soluções, investidores, parece evidente que não devia se ter candidatado)? Sendo certo que este cenário da insolvência é do mais ridículo que se ouviu/leu nos últimos tempos, e nunca poderá ser opção. Um clube da grandeza do Sporting não pode acabar, aliás essa dita insolvência podia implicar que o os leões perdessem a Academia, o estádio, património, e deixassem todos estes talentosos jogadores saírem a custo zero. Ou seja, nem nos próximos 50 anos voltavam a lutar pelo título. Algo ridículo que não faz sentido. Em suma esta história da insolvência é de um extremismo que só pode ser proferida por indivíduos que continuam a olhar o Sporting clube de Portugal como se fosse o Sporting clube Bruno de Carvalho. 

Etiquetas: