Craques do Futuro II: Andreas Cornelius (14º)

Como para tudo, é essencial definir critérios, esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em ou depois de 1993 (um top com uma base semelhante ao realizado pelo VM há um ano, ver aqui). Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento (neste caso o facto de já serem titulares em clubes de I Liga), e principalmente o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro (mesmo considerando que são seniores de 1º ano ou ainda júniores,  já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características. Por outro lado, mesmo sabendo que muitos vão daqui a uns anos atingir um patamar superior a alguns dos citados nesta lista, para não fugirmos ao 1º critério, vamos ignorar jogadores que militam em equipas B ou divisões secundárias).

Como é sabido, os futebolistas dinamarqueses costumam ser muito poderosos fisicamente. Uma das principais referências do país é Nicklas Bendtner, um ponta de lança que impressiona pela sua envergadura. Na SAS-Ligaen, vai surgindo um avançado com características muito semelhantes às do jogador da Juventus. Actua no Copenhaga (o melhor clube da Dinamarca) e chama-se Andreas Cornelius. O jovem de 19 anos  e 1,93m leva já 12 golos no campeonato em 18 jogos, somando um na Liga Europa. É a referência ofensiva da equipa (considerando que é o conjunto que lidera do campeonato e o principal emblema dinamarquês dos últimos, ainda valoriza mais o seu talento), jogando como pivot (segura e controla bem a bola) e ganhando muitas bolas (principalmente de cabeça). Embora não seja habilidoso, consegue definir as jogadas com qualidade (pode melhorar nesse capítulo), mostrando frieza na finalização (remata muito forte). De destacar igualmente a sua capacidade de luta e pressão aos centrais contrários, algo extremamente importante no futebol actual. A sua qualidade não passou despercebida ao seleccionador dinamarquês, que já lhe deu a estreia nos AA. Ainda no primeiro ano de sénior, foi aconselhado por Ole Gunnar Solskjaer ao seu antigo clube, o Manchester United. Provavelmente chegará ao nível de Bendtner, resta saber se conseguirá manter-se na ribalta por mais tempo que o compatriota. Conseguirá Cornelius, ao contrário do avançado da Juventus, ter uma carreira mais regular? Será este tipo de jogadores mais posicionais a aposta certa para os grandes emblemas ou estes necessitam de avançados mais completos? A Dinamarca é a principal fornecedora de jogadores "estilo pinheiro" (ainda para mais os clubes não costumam vender caro)? Com uma geração com tanta qualidade, o que poderão fazer nas próximas grandes competições? 

PS - A nova geração de futebolistas dinamarqueses é muito promissora. Uma fornada, que tem em Christian Eriksen (o médio do Ajax foi mencionado no Top do VM há um ano) a sua grande figura, e que promete. Para além de Cornelius, também Casper Sloth (médio do Aarhus) e Jores Okore (central do Nordsjaelland), nasceram em 1992 e Helenius (avançado do Aalborg, que no inicio da época foi sugerido juntamente com Cornelius aos "grandes" pelo VM, ler aqui), nasceu em 1991, já foram chamados à selecção principal. A despontar estão Viktor Fischer, um craque que já vai ganhando a titularidade no Ajax (falaremos dele mais à frente), e Kenneth Zohore, que se estreou pelo Copenhaga na última Champions e que está actualmente na Fiorentina. Destacamos igualmente Christian Norgaard, médio ofensivo do Hamburgo, e Patrick Olsen, médio defensivo do Inter de Milão. Os grandes clubes europeus estão atentos e já contrataram os craques do país dos vikings. 

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